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Indo além do burburinho inicial do ChatGPT e de outras tecnologias emergentes de IA generativa, hoje vimos uma análise dos modelos de inovação de IA em todo o mundo para impedir a fuga de cérebros de talentos de IA e evitar outra bolha de avaliação tecnológica.
Qual é a posição do Brasil na corrida armamentista da IA? “Estamos enfrentando uma enorme concorrência global […] com participantes muito importantes nesse campo”, disse Eduardo Magrani, professor da Harvard BKC e advogado do CCA Law Firm.
“Mas eu diria que alguns países do sul global, como o Brasil, estão em uma posição privilegiada por não serem esses potentes jogadores.”
Falando sobre a percepção da luta entre inovação e ética no desenvolvimento de novas tecnologias de IA, Eduardo disse que o Brasil pode olhar para “o modelo inovador dos EUA, o modelo europeu [rights-based] ou o modelo chinês [state-run] ” e “descobrir as lições aprendidas em cada região”.
O professor de direito disse ainda que – à medida que a humanidade entra em um período de “competição mais intensa” pela IA – as considerações culturais e éticas são pilares importantes da inovação.
Ao ler as manchetes diárias sobre tecnologia e finanças, você encontrará “números bastante surpreendentes quando se trata de avaliações de IA”, diz Elaine Reyes, âncora da CGTN America.
“Acho que o que eles estão errando é […] focar na avaliação, não na inovação”, disse Michael Koch, cofundador e CEO da HubKonnect.
“E a inovação não está nas grandes empresas – as Alphabets do mundo – onde elas receberão grandes avaliações. É nas pequenas empresas que se concentram estritamente na inovação, concentrando-se na tecnologia para criar soluções do mundo real que geram resultados do mundo real.”
A solução, diz Michael, não é que as pequenas empresas iniciantes procurem o investidor certo, mas que considerem se você precisa de um: “O que você acha de não procurar um investidor? Que tal se você se concentrar na tecnologia? No produto?”
“Encontre e resolva um problema real. Encontre os clientes – consiga um cliente pagante em tempo integral – porque até que você tenha um cliente que pague o preço total pelos seus produtos, você ainda não tem uma empresa.”
A fundadora e CEO da Noh, Ana Zucato, disse que, embora a IA possa resolver problemas de gerenciamento de dinheiro, ela não pode resolver a tensão que os relacionamentos sofrem sob estresse financeiro.
Ana contou no Web Summit Rio como a Noh – uma carteira digital compartilhada – nasceu do estresse de tentar trabalhar e, ao mesmo tempo, administrar as finanças domésticas ao lado de seu próprio parceiro.
“Fui morar com meu marido e começamos a dividir nossa casa, e eu era a diretora financeira da casa, literalmente. Então, eu trabalhava o dia todo, tinha que pagar todas as contas e, no final do dia, fazia a contabilidade, as finanças e os impostos.
“A tecnologia e a IA podem solucionar a conformidade, podem solucionar a movimentação de dinheiro, podem tornar tudo mais fácil e mais rápido para nossa movimentação, mas não acho que possam solucionar as relações humanas”, acrescentou o fundador.
Em breve, o Brasil terá mais um supercomputador, com a continuidade do avanço da Nvidia rumo à supremacia dos microchips.
Marcio Aguiar, da Nvidia, disse que a empresa planeja colocar um em operação em breve, informando aos participantes do Web Summit Rio que o Brasil está bem posicionado para aproveitar o crescimento da IA.
“Espero que em alguns meses anunciemos um grande supercomputador aqui no Brasil”, disse Marcio, que é diretor executivo de vendas corporativas para a América Latina da Nvidia Corporation.
Marcio observou como a Nvidia, assim como muitas empresas, enfrenta desafios de contratação no Brasil. O crescimento das oportunidades no setor de IA pode mudar isso.
“O Brasil tem um grande número de estudantes que se formam todos os anos – estudantes de engenharia – que agora estão mais expostos às técnicas de IA do que antes.”
Imagem principal do Center Stage no primeiro dia do Web Summit Rio 2024: Lucas Jones/WebSummit (CC BY 2.0)
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